Brenda Gusmão e Malu Carvalho

Anderson Passos conversa com os alunos do DCOM. Crédito: Carmem Petit

Anderson Passos conversa com os alunos do DCOM. Crédito: Carmem Petit

Diante da avalanche diária de informações, saber interpretar dados é essencial, mas o desafio é transformá-los em histórias envolventes e capazes de dialogar com diferentes públicos e contextos. Esta foi a mensagem central da palestra do diretor de Digital Analytics para a América Latina da Coca-Cola, Anderson Passos, que esteve na PUC-Rio a convite das professoras Bárbara Assumpção e Elaine Vidal. O encontro reuniu alunos do curso Estudos de Mídia para uma conversa sobre Data Storytelling, com exemplos práticos de visualização de dados e dicas para uma comunicação estratégica e eficiente.

Com mais de 20 anos de experiência em projetos digitais para clientes como Coca-Cola, Universidade Estácio de Sá, Anistia Internacional, o curso de inglês CCAA e a cadeia de lanches Bob’s, Anderson compartilhou dez aprendizados adquiridos nas produtoras, consultorias e agências de publicidade nas quais trabalhou. Mais do que conceitos, o intuito da conversa era explicar aplicações de Data Storytelling. Ele reforçou a importância da apresentação gráfica ao trabalhar com dados e mostrou exemplos de como a comunicação é responsável por direcionar o olhar das pessoas.

– Tudo comunica. Das imagens escolhidas até as fontes utilizadas. Você pode ter um conteúdo maravilhoso dentro de um contexto certo, mas se não conseguir representar visualmente é provável que você perca parte da sua audiência.

Anderson Passos conversa com os alunos do DCOM. Crédito: Carmem Petit

Anderson Passos conversa com os alunos do DCOM. Crédito: Carmem Petit

Anderson destacou a capacidade de contar histórias por meio de dados. Muitas vezes as informações não podem ser compreendidas em sua totalidade por si mesmas, é preciso que o profissional imprima contexto, enfoque e formatos a elas. Nesse sentido, ele definiu três aspectos essenciais para construção de narrativas: os dados precisam ser acessíveis, para que o público possa compreender; auditáveis, ou seja, com uma fonte clara; e acionáveis, pois auxiliam na tomada de ações.

– Narrativa significa direcionar a conversa a partir do storytelling. É tomar a decisão de como você vai apresentar a informação e direcionar a sua conversa para a realização de uma ação. Se você não assumir o controle da narrativa, o outro lado pode interpretar do jeito que quiser.