
A professora Carolina Amaral, Melina Dalboni, Mariana Villas-Bôas e Ilana Feldman durante palestra. Crédito: Alícia Souza.
A jornalista e roteirista Melina Dalboni, a diretora de arte Mariana Villas-Bôas e a professora Ilana Feldman (ECO/UFRJ) participaram de uma conversa no DCOM, no dia 13 de novembro, quando abordaram a relação entre literatura e cinema. O tema foi a “transcriação” para o cinema de “A Paixão Segundo G.H.”, de Clarice Lispector. Na palestra organizada pela professora Carolina Amaral, as convidadas mostraram as etapas de criação do filme, desde a decupagem do texto original até a pesquisa que orientou a equipe. Elas ainda apontaram escolhas dramatúrgicas e simbólicas para o longa e ressaltaram a criação coletiva e horizontal que marcou o processo.
Ex-aluna do DCOM, Melina explicou o conceito de “transcriação”, adotado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, que evita o termo “adaptação”, pois prefere uma transcrição que preserve a força da obra original, que envolve toda a equipe. Ela também detalhou o uso de códigos de cores para organizar ações, descrições e diálogos. A diretora de arte Mariana Villas-Bôas relatou os desafios de construir visualmente o universo do livro, destacou o caráter artesanal da produção e a busca por locações que refletissem as tensões sociais presentes na obra. Já Ilana Feldman enfatizou a importância das oficinas teóricas com pesquisadores e especialistas, que aprofundaram interpretações do romance.

