
O jornalista e professor André Trigueiro leciona a disciplina Jornalismo Ambiental no DCOM. Crédito: LabCOM Criação e Produção.
Durante 11 dias, o jornalista e professor André Trigueiro participou da cobertura da GloboNews nas atividades da COP30, realizada em Belém, entre 10 e 21 de novembro. Ele considera que houve avanços significativos, mas também pontos negativos que “merecem ser ressaltados”. O professor do DCOM aponta que a instalação do primeiro pavilhão da ciência dentro da zona azul ampliou a participação de pesquisadores nas negociações climáticas. Outro fato importante foi a forte presença de representantes indígenas, que resultou em homologações de terras, novas demarcações e na criação de fundos voltados à proteção de territórios tradicionais.
Segundo Trigueiro, o lançamento do fundo “Floresta Tropical para Sempre” foi um dos destaques, porque vai ser destinado a ações para preservação de florestas. O jornalista aponta o apoio de 80 países para o “roadmap” (mapa do caminho), conjunto de diretrizes para orientar as nações sobre assuntos essenciais como transição energética para a redução da dependência de combustíveis fósseis. Ele, no entanto, destaca que no momento não é possível apontar resultados efetivos, uma vez que a mudança não é imediata. O professor observa que o processo é uma “semeadura invisível” de redes de contatos, projetos, parcerias e financiamentos, que não são facilmente mensuráveis, mas importantes a longo prazo.

