Brenda Gusmão, Enzo Krieger e Malu Carvalho
O Departamento de Comunicação da PUC-Rio participou da Semana de Acolhimento com uma série de encontros para integrar calouros ao ambiente universitário. Os novos estudantes de Jornalismo e Estudos de Mídia foram recebidos com palestras, conversas sobre a Universidade, oficinas e aulas abertas. A ideia da programação foi mostrar as múltiplas oportunidades e experiências que os cursos oferecem, e os jovens puderam ter um gostinho do que vão viver nos próximos quatro anos.
A exposição e roda de conversa “Olhar de novo – Experiência Extensionista no Galpão das Artes Urbanas Hélio G. Pellegrino”, na terça-feira (11), deu o pontapé inicial às atividades. Os calouros conheceram os trabalhos das disciplinas extensionistas Jornalismo e Cidadania, ministrada pela Coordenadora de Extensão, professora Lilian Saback, e Linguagem e Experimentação Fotográfica, conduzida pelo professor Daniel Vargens. Também participaram do bate-papo as alunas de Jornalismo Ana Luiza Tavares e Luiza Zubelli e a aluna de Estudos de Mídia Eduarda Jermann, assim como a Relações Públicas do Galpão, Ana Cristina Damasceno.

Professores Daniel Vargens e Lilian Saback com alunas inscritas nas disciplinas. Crédito: Alessandra Cruz
A apresentação do catálogo com a reportagem e as fotografias produzidas para o Galpão proporcionou aos novatos um primeiro contato com as diversas possibilidades de aprendizado e atuação dentro e fora do campus. Para a professora Lilian Saback, mais do que um espaço de prática, as iniciativas extensionistas são uma forma de pensar a comunicação como agente de transformação social.
– A extensão universitária é fundamental na formação de um profissional tanto do Jornalismo como da área de Estudos de Mídia porque dá ao estudante a oportunidade de experimentar essa troca do saber com outros atores da sociedade. Isto vai dar a ele uma maior experiência para entender a função social da profissão e fazer uma comunicação mais responsável – explicou.
Dúvidas e dicas
O bate-papo com a Coordenação de Graduação reuniu a Coordenadora de Graduação, professora Bruna Aucar, os coordenadores-adjuntos de Graduação, professores Luciana Pereira e Mauro Silveira, e o professor Gabriel Neiva. A ideia foi esclarecer dúvidas e fornecer dicas de como o estudante pode cumprir a trajetória no Departamento.
Questões sobre CR, provas, intercâmbio, matrícula, bolsas de estudos e domínio adicional foram elucidadas. Os professores também insistiram na importância de seguir a grade de horários compartilhada no Manual de Calouros. A troca tranquilizou os jovens presentes na sala K-102.
A caloura de Jornalismo Maria Fernanda Santos da Silva não se omitiu e perguntou tudo que precisava com o objetivo de assegurar que está em um bom caminho para se formar profissionalmente. Para ela, o carinho oferecido pelo corpo docente é um diferencial na PUC-Rio.
– Está tudo esclarecido, vou seguir a minha grade bonitinha. É muito especial o tratamento que temos. Quando entramos aqui, não sabemos o que fazer, ficamos perdidos. Quando encontramos os professores falando com tanto prazer sobre a universidade, ficamos mais tranquilos e com a certeza de que tomamos a decisão certa. Pegamos confiança no curso e no nosso futuro.

Maria Fernanda Santos da Silva na sala K-102. Crédito: Enzo Krieger
A tarde de atividades foi finalizada em uma conversa com o Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos). Os integrantes da atual gestão receberam os calouros e comentaram como é a vida no campus.
Juventude no Rio de Janeiro
Na quarta-feira, o Museu das Juventudes Cariocas (MuJuCa) foi apresentado pela coordenadora do projeto, a professora Claudia Pereira. Ela estava ao lado de integrantes do Laboratório das Culturas Midiáticas da Juventude (LabJuX) – os bolsistas de Iniciação Científica Eduarda Jermann, Jackson Lima, Vinícius Verta e Gabriela Araujo, além da voluntária Ana Beatriz Aprigio. A equipe mostrou produções do museu virtual e chamou a atenção da plateia com exibições sobre a juventude no Rio de Janeiro entre 1960 e 2010.
Durante a mesa, a professora explicou como funciona o sistema de grupos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUC-Rio (PPGCOM/PUC-Rio). A plateia se interessou pelos projetos e tirou dúvidas sobre as oportunidades oferecidas no MuJuCa e no Departamento.

A apresentação do MuJuCa prendeu a atenção dos calouros na K-102. Crédito: Enzo Krieger
Caloura de Estudos de Mídia, Carolina Festa não escondeu o brilho nos olhos ao comentar sobre a vivência na palestra. Ansiosa para engrenar no dia a dia acadêmico, ela ficou admirada com a quantidade de possibilidades de estudo que existem além da sala de aula.
– Eu diria que foi uma ótima experiência porque consegui tirar dúvidas sobre o que a Universidade e o Departamento oferecem, seja de aprendizado ou de interação com veteranos e pessoas da área. O meu coração está quentinho. Estou tentando tirar o máximo de aproveitamento dessa primeira semana porque a PUC dá muitas oportunidades e é possível se divertir bastante, mesmo com muitas tarefas – disse.
Ênfase em Tecnologia
Na sequência, os calouros tiveram a oportunidade de conhecer a ênfase Comunicação e Tecnologia do curso Estudos de Mídia, em uma apresentação conduzida pelo professor Marcelo Alves. As transformações no mercado da comunicação digital e a importância de uma formação híbrida foram o destaque da palestra. O professor explicou que a ênfase foi criada com o objetivo preparar os alunos para esse cenário interconectado, em que áreas como jornalismo, cinema, marketing e tecnologia estão cada vez mais interligadas.
– A ênfase foi criada para capturar fenômenos do mundo digital que não se encaixam nas caixinhas tradicionais da comunicação. Os alunos na graduação conseguem ter acesso a disciplinas que normalmente só se busca numa especialização, pós-graduação ou MBA. Isto é bastante relevante porque cria um processo pedagógico em que o aluno vai municiado de uma série de temas, práticas e ferramentas que hoje são mega relevantes no mercado – pontuou.

Professor Marcelo Alves explica as ligações entre Comunicação e Tecnologia. Crédito: Brenda Gusmão
Para complementar a formação acadêmica, o professor também ressaltou o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia da Comunicação (NuTecLab), um laboratório de experimentação e desenvolvimento de projetos práticos e extracurriculares, no qual os alunos podem desenvolver portfólio e aplicar conhecimentos adquiridos na graduação. O estudante do último período de Estudos de Mídia Tiago Sol compartilhou a experiência dele na ênfase e no NuTecLab. Segundo Tiago, além do acesso a ferramentas de análise e monitoramento digitais, o laboratório dá autonomia aos integrantes para explorarem temas que vão da política à cultura pop.
– A escolha da ênfase partiu da observação das ementas, análise das ofertas de disciplinas e também da necessidade da criação de portfólio baseado nas ferramentas que o mercado tem exigido. É uma ênfase que explora o lado mais prático – observou.
Os estudantes ainda conheceram o projeto Mulheres no Audiovisual, do grupo de pesquisa Narrativas Ficcionais da Vida Moderna. A mediação foi da Coordenadora de Pós-Graduação e líder da equipe, professora Tatiana Siciliano. Além de dar detalhes do funcionamento e inscrições, ela apresentou os trabalhos realizados pelos alunos, que revelaram os aprendizados adquiridos.

O tema Mulheres no Audiovisual atraiu a curiosidade dos novatos. Crédito: Brenda Gusmão
Participante do grupo há cinco anos, a mestranda Raquel Galdino compartilhou a própria trajetória com os alunos. Ela entrou como voluntária na pesquisa em 2020, quando cursava o 3º período de Comunicação Social com habilitação em Cinema. Logo se tornou bolsista PIBIC e, hoje, desempenha o papel de co-orientadora. A atuação de Raquel nas atividades do grupo, com a produção de entrevistas, podcasts e pesquisas, fez com que ela entendesse o caminho a seguir na carreira.
– Entrei no cinema sem saber o que queria fazer da minha vida. Estar na pesquisa foi importante para entender que eu queria ser pesquisadora e construir minha carreira como professora, mas também pude colocar a mão na massa. É isto que amo fazer.
Oficinas de TV, rádio e aulas abertas
No estúdio de TV, o professor Carlos Alves comandou uma oficina de telejornal. Os calouros puderam experimentar diversas funções da produção do programa: apresentadores, operadores de câmera, editores de teleprompter (TP) e responsáveis por cortes para edição.

Calouras participam da oficina de TV. Crédito: Malu Carvalho
O estudante Pedro Zezza, de Estudos de Mídia, foi um dos que ficou à frente das câmeras na gravação. Ele se encantou por conhecer a estrutura de um estúdio televisivo e se aventurar na apresentação do jornal.
– São essas coisas que fazem a televisão que a gente vê no dia a dia funcionar. Foi muito legal, e eu vi que cada parte ajuda a outra, como se fossem formiguinhas. Já vimos um pouco do que vamos lidar. Eu descobri algo que não sabia que era capaz; ler o TP. Eu fiquei assombrado com a qualidade do áudio e do vídeo.
Divididos em diferentes grupos no estúdio de áudio, os estudantes produziram podcasts com temáticas que variaram como esportes e representação feminina. Orientados pelo professor Mauro Silveira, eles se tornaram âncoras, repórteres e comentaristas dos próprios programas.
Maravilhada com as novidades, a caloura de Jornalismo Sophia Broitman testou diversas áreas de atuação logo no começo da graduação. Segundo ela, este é um atrativo enriquecedor no processo de formação.
– Quando entrei para fazer Jornalismo, o que eu pensava era que gosto muito de escrever e que quero viver da escrita. Mas ao entrar em contato com a PUC e com as aulas de acolhimento, percebi que gosto de tudo. É a primeira semana de aula, e expandir os horizontes tão rápido me dá vontade de continuar.

Sophia Broitman na oficina de áudio. Crédito: Malu Carvalho
Aulas abertas encheram as classes na manhã de quinta-feira (13). As disciplinas Laboratório de Jornalismo II, da professora Carmem Petit, Planejamento Estratégico em Comunicação, da professora Claudia Brütt, e Streaming, Indústrias Criativas e Tecnologia, da professora Bruna Aucar, receberam alunos de toda a PUC-Rio para apresentar um pouco do curso de Comunicação.
A Semana de Acolhimento foi encerrada na sexta-feira (14) com uma roda de conversa organizada pela Rede de Apoio ao Estudante (RAE) e pela Pastoral Universitária Anchieta. Os calouros foram introduzidos aos serviços de assistência acadêmica, psicopedagógica, orientação profissional, psicológicos e de necessidades educacionais especiais disponíveis no campus.