Há onze anos tinha início a Lava Jato, uma megaoperação para investigar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no país, envolvendo agentes públicos, empresários e doleiros. As ações tiveram ampla cobertura da imprensa e foram um marco na história recente do Brasil. Entretanto, a parcialidade da Operação foi revelada em uma série de reportagens investigativas publicadas pelo site The Intercept Brasil, em 2019.

A fim de entender a percepção dos jornalistas, que cobriram a Lava Jato para diferentes veículos, sobre o papel da imprensa no caso, a pesquisadora Caroline Pecoraro (PPGCOM PUC-Rio) entrevistou 20 profissionais e reuniu cerca de doze horas de gravação. O resultado do estudo está no artigo “Cumplicidade da mídia e desvio de rota: as percepções de jornalistas que cobriram a Lava Jato”, publicado com o Professor Arthur Ituassu (PPGCOM PUC-Rio), na Revista FAMECOS, uma das principais publicações do campo da Comunicação no país.

A análise das entrevistas revelou que os jornalistas reconhecem a importância da Operação, mas entendem que houve desvios de rota e uma aliança entre a mídia e a força-tarefa.

Ao longo de mais de uma década, a Lava Jato teve 79 fases, sempre marcadas por ações grandiosas e controversas, que se espalharam por Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Brasília (DF). Os desdobramentos da Operação e acusações de ilegalidade deram origem a filme, séries e documentários sobre o trabalho do Ministério Público, da Justiça e da Polícia Federal.

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