As professoras e pesquisadoras Patrícia Machado (PPGCOM/PUC-Rio) e Thaís Blank (CPDOC/FGV): pesquisa sobre Norma Bengell. Crédito: Acervo pessoal.

As professoras e pesquisadoras Patrícia Machado (PPGCOM/PUC-Rio) e Thaís Blank (CPDOC/FGV): pesquisa sobre Norma Bengell. Crédito: Acervo pessoal.

A professora Patrícia Machado (PPGCOM/PUC-Rio) apresentou trabalho em coautoria com a pesquisadora Thaís Blank (CPDOC/FGV) no VIII Colóquio Internacional de Cinema e História, sediado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, entre 24 e 28 de novembro de 2025.

A análise “Filmes ‘menores’, gestos radicais: mulheres, Super-8 e dissidência durante a ditadura brasileira” aborda como mulheres utilizaram câmeras Super-8 como instrumentos de dissidência e construção de novas narrativas durante a ditadura militar, com ênfase na trajetória da cineasta e atriz Norma Bengell. O estudo se baseia no acervo pessoal de Bengell (1935-2013), custodiado pela Cinemateca Brasileira. As filmagens, das décadas de 1970 e 1980, entrelaçam memórias íntimas, militância feminista e experimentações visuais. A apresentação destacou o registro da soltura de Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da Casa da Morte e primeira mulher condenada à prisão perpétua no país. As pesquisadoras observam como a agilidade das câmeras Super-8 possibilitou uma nova forma de registrar a subjetividade e o contexto histórico.