Os professores-pesquisadores Arthur Ituassu e Marcelo Alves (PPGCOM/PUC-Rio), a doutoranda Aline Lopes e o mestre Raul Pimentel (PPGCOM/PUC-Rio) analisaram as campanhas dos 513 deputados eleitos para a Câmara Federal em 2022.  O resultado da pesquisa está no artigo “Equalização e normalização nos estados brasileiros: mídias digitais e as eleições para a Câmara dos Deputados em 2022”, publicado na nova edição da revista científica Opinião Pública, do Centro de Estudos da Opinião Pública (Cesop), da Unicamp.

Há três anos, 64% dos eleitos para a Câmara dos Deputados eram novatos ou estavam no fim do primeiro mandato. Um recorde de renovação do Congresso Nacional que repetiu o fenômeno de 2018 com um índice de 47,37%. Entre eles, há uma característica em comum: a forte presença digital.

O estudo trabalhou com dados quantitativos como o investimento em anúncios digitais na Meta e no Google, métricas de engajamento digital e o valor total gasto nas campanhas, além do número de votos recebidos. Os pesquisadores utilizaram os conceitos de equalização e normalização, que orientam discussões sobre as transformações no campo da política e da democracia a partir do desenvolvimento das mídias digitais.